VAI UM CAFEZINHO?
A expectativa para 2015 é uma safra em torno de 23 sacas por hectare, atingindo 391 mil sacas no total.
Publicado em 02/07/2015 09:04 - Atualizado em 02/07/2015 09:13
Plantação de café em Manhuaçu
O Brasil é o maior produtor mundial de café, à frente do Vietnã, da Indonésia e da Colômbia. E Minas Gerais, maior produtor brasileiro, deve colher neste ano de 23 a 25 milhões de sacas ou 50,8% da safra nacional de acordo com o Ministério da Agricultura. A Zona da Mata Mineira com seus 148 municípios, produz o grão em 124 deles. Esse total, corresponde a aproximadamente 25% do estado. É a segunda região produtora de café de Minas, onde predominantemente o domínio é da agricultura familiar, com área média de 5,0 hectares cada. Nesse contexto, são gerados direta e indiretamente cerca 800 mil postos de trabalho.
Só Manhuaçu possuiu cerca de 20 mil hectares com lavouras de café, sendo 17 mil de área em produção e 3.570 hectares com pés de café em formação, dentro do processo de renovação da lavoura. Dentro desse cinturão verde, o café Catuaí é o mais produzido, porém algumas regiões priorizam o Arábica e o Caturra, variedade utilizada no melhoramento dos cafés Colombianos. A expectativa para 2015 é uma safra em torno de 23 sacas por hectare, atingindo 391 mil sacas no total.
Além e comemorar a colheita, prevista para ser maior que a do ano passado, a expectativa é de melhora também nos preços para a comercialização do produto, já que o município de Manhuaçu tem a produção desencontrada do histórico estadual e nacional, por causa da bianualidade, caracterizada pela produção maior em um ano e menor em outro. A nível estadual e nacional a safra foi alta em 2014 e para este ano tende a ser menor e o município teve uma safra ligeiramente menor ano passado em relação à média estadual e nacional.
Um dos fatores, creditado como relevante para a grande produção do grão na região é o relevo da Zona da Mata, no passado coberta de Mata Atlântica, tem como característica predominante colinas e vales estreitos com algumas serras, como a do Caparaó, onde está localizado o Pico da Bandeira. Em sua totalidade a região é constituída por rochas cristalinas antigas.
Esse mesmo relevo que favorece, também pode provocar uma menor produção em algumas regiões, onde o clima é muito frio. É o caso das propriedades mais altas, acima de 900m de altitude. Em sua totalidade elas correspondem a 8% da área de cafés, apesar de terem produções baixas devido a variações climáticas que podem ocorrer no período da florada, chuvas e ventos frios e maturação desigual dos frutos, há um maior número de floradas, e tem a seu favor, o clima diferenciado para a maturação dos frutos, temperaturas extremas, diurnas altas e noturnas baixas, concentrando maior teor de açúcar nos grãos, conferindo aromas florais com buquê persistente além de grãos graúdos.
Os cafés da Serra do Caparaó, região mais fria da Zona da Mata, no ano de 2012, pela primeira vez, foram os ganhadores do concurso mineiro de cafés especiais, promovido pela EMATER-MG. O feito desde então vem se repetindo, e atraindo mais adeptos de uma produção cada vez mais com maior qualidade.
por Secretaria de Comunicação Social de Manhuaçu